Depois de viver na rua e passar por um abrigo, o cachorro Pedrinho finalmente comemorou as tradicionais festas de fim de ano em família. O animal foi adotado em 23 de dezembro, após o comerciante Ariosto Atti, 61 anos, ver o cão para adoção. A sua família buscava uma companhia para a cadelinha Chica, que se sentia sozinha desde que perdeu sua irmãzinha Brisa em 13 de dezembro.
“Notamos que a nossa cadelinha estava muito triste desde que a mana partiu. Então começamos a procurar uma fêmea, pequena, preta e peludinha. Um perfil totalmente oposto do Pedrinho. Mas quando vimos a foto dele, o rostinho dele, os vídeos dele, ficamos encantados”, conta a hoteleira Luciane Atti, 55 anos, esposa de Ariosto.
A família diz que o animal está bem adaptado, já escolheu o seu lugar para dormir, aprendeu a dividir a comida com a irmãzinha Chica e também participou das comemorações de Natal e Ano-Novo. Pedrinho ganhou um presentinho do Papai Noel, um osso que não larga mais, e fez bagunça com alguns enfeites natalinos.
“Nunca imaginávamos que teríamos um machinho, mas agora ele é o nosso guri. Ele é alegre, faz arte, deixa a maninha e a gente mais felizes. Eles (os animais) são os nossos companheiros e enchem a nossa casa”, afirma Luciane.
Mudança
O animal vivia nas ruas até ser resgatado em junho pelas voluntárias da Vila dos Peludos, iniciativa de proteção animal sediada na Vila Farrapos, em Porto Alegre. Ele estava sujo, desorientado e à procura de comida quando foi encontrado pelas protetoras.
“Depois do resgate, o Pedrinho dormiu durante um dia todo. Ele estava muito cansado e assustado. Ele ficou conosco até ser adotado. A adoção foi um sucesso e a família cuida dele”, celebra Elisete Mariana Rolim Brettin, 52 anos, uma das responsáveis do projeto.
Em dezembro, Elisete falou para o Diário Gaúcho sobre o aumento do abandono de mascotes no final do ano e como esse crime gera uma sobrecarga para quem dedica sua vida ao resgate e cuidado animal. Junto à reportagem, ela aproveitou para divulgar alguns animais que estavam para adoção. Um deles era Pedrinho.
Fonte: Diário Gaúcho