Consideradas extintas até 2017, antas são reintroduzidas no Rio de Janeiro

ESPERANÇA

19 de janeiro de 2023

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Foto: Ilustração | Freepik

Chegam nesta quinta-feira à cidade do Rio mais três indivíduos do maior mamífero terrestre da América do Sul, a anta-brasileira (Uma anta terrestre). Consideradas extintas até 2017, as antas são inseridas pela ação liderada pelo Refauna em parceria com o BioParque do Rio, o Instituto de Ação Socioambiental, a Petrobras e a Reserva Ecológica de Guapiaçu.

O projeto prevê a viagem de translocação, a ambientação em recintos pré-soltura e o monitoramento dos animais após a soltura. A única população de antas no Rio tem, atualmente, 14 indivíduos. Quatro nasceram na natureza e as outras 10 são fruto de reintroduções. A iniciativa de inserir mais três animais se deve à necessidade de reforçar a população, aumentando a presença da espécie.

O lar deles será em Cachoeiras de Macacu, e os animais são duas fêmeas — Melancia e Castanha —, que vivem no zoológico de São José do Rio Preto, e um macho nascido no Parque Ecológico de São Carlos, em São Paulo. Segundo os organizadores do projeto, a reintrodução é importante para enfrentar o fato de que as antas estão classificadas como vulneráveis à extinção, com perda de 30% das populações nas últimas três décadas. As principais causas de extinção são a caça, os atropelamentos e a perda e fragmentação de habitat.

A espécie chegou a ser totalmente extinta no Rio de Janeiro há mais de 100 anos. O último registro de antas no estado é de 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Um fato interessante sobre esses mamíferos é que eles são considerados os “jardineiros” das florestas, por desempenharem um papel importante na dispersão das sementes e na poda de ramos e herbáceas, contribuindo para o plantio natural.

A coordenação e execução das atividades de reintrodução e monitoramento das antas é liderado pelo Refauna, e o BioParque do Rio é responsável pelo apoio técnico no transporte dos animais, pela reestruturação da ambientação no recinto de aclimatação e pelo patrocínio da ação, por meio do Instituto Conhecer Para Conservar.

Já o Instituto de Ação Socioambiental desenvolve as atividades de educação ambiental e conscientização da comunidade do entorno e oferece assistência nas atividades de reintrodução e monitoramento dos animais, por meio dos projetos Antologia, patrocinado pela Eletrobras Furnas, e Guapiaçu, em parceria com a Petrobras.

Fonte: Extra